domingo, 4 de janeiro de 2009

Sem paranoia

"Sou contra o acordo. Sei que isso é um tiro no próprio pé, pois, se o acordo passar, vou ser chamado para fazer muitas palestras. Mas não quero esse dinheiro, não. Com outro espírito, outra proposta, uma unificação talvez fosse possível." (Pasquale Cipro Neto)

"É uma reforma tímida, que não traz grandes inovações. Mas não gostei. Queria que meus tremas ficassem onde estão. Os escritores mais velhos e mais preguiçosos têm de confiar no pessoal da editoração para fazer as mudanças necessárias no texto." (João Ubaldo Ribeiro)

"São 10 milhões de pessoas em Portugal e mais de 180 milhões no Brasil, e os livros portugueses não são bem-vindos no Brasil. Para eles, é um mercado enorme, e para nós também será ótimo." (Cícero Sandroni)

"Desejo êxito e muitos bons livros, escritos à forma antiga ou moderna, e que não me obriguem a escrever de outra maneira nos poucos anos de vida que me restam." (José Saramago)

São apenas cerca de 5 palavras modificadas a cada mil, mas o Acordo gerou e continuará gerando opiniões diversas, resistências, adesões, defesas, ataques.
Na minha opinião, entre os benefícios, está o de provocar essa discussão, levar ao estudo da ortografia, chamar nossa atenção para a importância do idioma. Há ainda alguns problemas, dúvidas, impasses, mas nada de paranoia!

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