sábado, 28 de fevereiro de 2009

Notícias de Fortaleza

A mídia contribui para a assimilação do Acordo Ortográfico adotando as novas regras com a máxima rapidez e, sobretudo, com a máxima coerência.

A partir de amanhã, 1º de março, as empresas do Grupo de Comunicação O POVO, de Fortaleza (CE), passarão a implantar as mudanças ortográficas previstas. Trecho do texto oficial:

"Todos os profissionais das Redações do O POVO, da rádio O POVO/CBN, da TV O POVO, do O POVO Online e da Fundação Demócrito Rocha passaram por um curso sobre as mudanças implantadas com a reforma ortográfica.

"O treinamento foi ministrado pelo professor de português Myrson Lima, autor do material didático entregue a todos os participantes. O editor-chefe-executivo da Redação do O POVO, Erick Guimarães, diz que a iniciativa do Grupo merece destaque, já que o Brasil tem até o ano de 2013 para se adaptar às mudanças. Mas dois meses depois de o acordo começar a valer, o Grupo de Comunicação O POVO já o toma como referência.

"'É importante o jornal se antecipar. É um processo de mudança cultural, mas o jornal cumpre sua função educativa quando implanta logo as mudanças', afirma Erick. Para o reitor da UniOPOVO, Sérgio Falcão, instituição que promoveu e organizou o curso, a escolha do professor foi fundamental neste processo. 'O professor Myrson Lima é uma referência nacional no ensino de português e a adoção da nova ortografia pelo Grupo é o grande diferencial das empresas que se preocupam com o aprofundamento dessas mudanças', ressaltou Sérgio Falcão. Para ele, o treinamento não foi uma mera aula, mas evoluiu pelo nível de discussão proporcionado a partir do debate entre jornalistas e professor.

"De acordo com o professor Myrson Lima, a adoção da nova ortografia pelo Grupo de Comunicação O POVO reforça o trabalho social do jornalismo com a educação. 'O jornal tem um papel educativo muito forte. Quando ele adota o acordo ortográfico, o leitor passa a se familiarizar. É uma forma de educar', afirma o professor. Ele acrescenta que, a partir disso, os meios se tornam mais globalizados, já que um leitor de outro país que fale português passa a entender melhor o conteúdo. Myrson Lima destaca as vantagens de O POVO Online também passar a adotar a nova ortografia, já que a linguagem do portal é mais dinâmica. 'Para o desempenho do jornalismo, o acordo é um instrumento de simplificação. Facilita um pouco a grafia de algumas palavras, como, por exemplo, a diminuição de tanto hífen', cita. Para ele, ainda há muita desinformação quanto ao acordo e bastante resistência também."

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Oficinas sobre o Acordo Ortográfico: avanços e ranços

Hoje, dia 26 de fevereiro e amanhã, dia 27, em duas cidades no interior de São Paulo: Américo Brasiliense e Palmital, respectivamente. Vou ministrar oficinas sobre o Acordo Ortográfico para professores desses municípios.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Notícias de Portugal

O Acordo foi aprovado pelo governo de Portugal, mas ainda falta implementá-lo. As definições são pouco definitivas... Há resistências, hesitações. Esta reportagem foi publicada no dia 22 de fevereiro, no Correio da Manhã:

Educação: Acordo ortográfico nas escolas no próximo ano

Os professores estão apreensivos e expectantes quanto à inexistência de uma data concreta para a aplicação nas escolas do Acordo Ortográfico em vigor desde o início do ano. Segundo Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, as intenções dos ministérios da Cultura e da Educação, em aplicar o novo acordo dentro de alguns meses, são precipitadas se não existir primeiro uma formação específica para os professores.

"Parece-me que se está a começar, mais uma vez, pelo fim. Dizem que se quer experimentar o novo Acordo Ortográfico já no próximo ano lectivo, mas não basta dizer que vai haver umas escolas-piloto. Tem de haver uma formação para que o processo decorra dentro da normalidade", afirmou Mário Nogueira ao CM, sublinhando que até agora os professores não foram ouvidos: "O que sabemos é pelos jornais. Quando se introduz alguma coisa nova numa escola, a primeira coisa que se deve fazer é consultar os professores. Pois são eles que preparam os programas."

Estando tudo por definir, o secretário-geral da Fenprof apela ao Governo para que trate do assunto com ponderação, de forma a existir um período de adaptação: "Não pode ser tudo feito à última da hora, como é costume fazer-se em Portugal, especialmente na Educação, onde são as escolas que tentam descobrir uma forma de responder ao problema."

António Pinto Ribeiro, ministro da Cultura, estabeleceu recentemente um prazo de quatro meses para a entrada em vigor do Acordo Ortográfico. Além disso, sugeriu que os professores devem introduzir as novas regras de uma forma progressiva.

"Os professores vão precisar de formação específica, pois sempre foram preparados para uma determinada forma de escrever e agora deparam-se para um novo Acordo", ressalvou o secretário-geral da Fenprof, acrescentando que as ferramentas informáticas, por si só, não são suficientes para o processo de aprendizagem.

No Brasil, as escolas já estão a preparar a aplicação do novo Acordo Ortográfico, disponibilizando aos professores acções de formação sobre as novas regras.

(André Pereira)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Sai um café com leite!

Ontem, no Estado de S.Paulo, novo artigo de Evanildo Bechara sobre questões ligadas ao Novo Acordo.

Dessa vez, o problema das palavras compostas. O caso de "café com leite", por exemplo.

Era certo, até 2008, escrever "café-com-leite" para designar (1) a cor semelhante ao bege da mistura de café com leite, e (2) a política entre São Paulo (produtor de café) e Minas Gerais (produtor de laticínios) no início do século XX, pela qual paulistas e mineiros se alternavam na presidência do país.

Uma coisa era escrever "gosto de café com leite", e outra, "café-com-leite é cor neutra" ou "fale-me sobre a política café-com-leite". Agora não há mais hifens.

A propósito dessa questão de hifens, uma revisora escreveu-me:

"Estou revisando um pequeno manual e apareceu 'café da manhã', assim, sem hifens. O correto, anteriormente, era com hifens, não é mesmo? Segundo o Novo Acordo, na Base XV, item 6º, nas locuções de qualquer tipo não será empregado o hífen, salvo em alguns casos consagrados pelo uso. E aí? Eu não usaria em 'café da manhã', e você?"

Alguns dicionários, antes do Acordo, registravam "café-da-manhã", mas a maioria das referências trazia a forma sem hifens. As duas possibilidades eram defensáveis. A partir de agora, sempre sem hifens.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Furo!

"Perfeição... só no céu!", diz a minha mãe. A Folha de S.Paulo de hoje demonstrou que o Acordo, embora altere a grafia de apenas cinco palavras entre mil, é mais traiçoeiro do que parece.

No título do texto assinado por Eliane Cantanhêde (na prestigiosa página 2!), "constroi" em lugar de "constrói", e "destroi" em lugar de "destrói". Quem disse que este acento caiu nas palavras oxítonas? No último parágrafo, outro "destroi".
Claro, não é o fim do mundo. Apenas um furo!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

A nova oltoglafia em quadlinhos

O Cebolinha, com a ajuda de uma fonoaudióloga, corrigiu seus problemas de dicção. Hoje, o Cebola, a Mônica e seus amigos trabalham em estilo mangá numa série para adolescentes.
A turma do Mauricio de Sousa levou a sério as regras do Novo Acordo e está se esforçando para acertar. Desde o primeiro número de 2009 (janeiro): "voo", "asteroides", "ideia"... contribuindo para a fixação visual da nova ortografia.

Mas escorregou em "dia-a-dia" (agora sempre sem hifens), na carta de despedida do cartunista, ao mesmo tempo em que faz corretamente o "para" e o "minirrobôs".

E uma curiosidade: a palavra "véio" (amigo), gíria entre os adolescentes, também deve perder o acento, confundindo-se com "veio" (filão).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Acordo decola ou não?

A TAM distribui gratuitamente entre seus passageiros o primeira chamada, em princípio sintonizado com o Novo Acordo.

Na primeira página desse informativo, ontem, lemos a palavra "estreia" sem acento. Positivo! Mas também o substantivo "dia-a-dia" hifenizado. O certo agora é "dia a dia" sem hifens, seja substantivo, seja locução adverbial (cf. Dicionário escolar da língua portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, 2ª ed., São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008).

A publicação acerta em "frequência", "infraestrutura" e outras palavras, muito bem! Mas na página 15, por exemplo, deixa escapar "platéia" com acento.

É o caso de alguém perguntar: o Acordo decola ou não?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A cartilha que Marabraz fez

Sinal dos tempos. Uma cadeia de lojas populares, a Marabraz, lançou e tem distribuído gratuitamente uma Cartilha de Mudanças na Língua Portuguesa. É bastante simples, e por isso mesmo tem sua utilidade, pensando-se no vasto público que atinge.

Dedica as sete páginas iniciais ao trema, aos acentos, ao hífen... e nas outras sete faz sua propaganda: mesas, cadeiras, estação de trabalho, estantes. Afinal, não é por amor a Alá que o gato caça ratos, como diz um provérbio árabe.

Não sei se a Marabraz realmente faz o menor preço, mas devemos aplaudir a iniciativa de divulgar o Novo Acordo.



terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Acordo nos pés

Atenta ao Acordo (e associando sua imagem à modernidade), a Azaleia retirou o acento agudo de sua marca de calçados femininos.

As novas regras permitem que as empresas mantenham a grafia original de suas marcas (cf. Base XXI), mas é sinal de sintonia (até mesmo um gesto pedagógico) adaptar-se.

Antes: Azaléia.

Agora: Azaleia.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A ateia caiu na teia

Conversando como quem não quer nada, sobre temas variados, de repente ouço a palavra "ateia", sem acento, como mandam as novas regras. Assim é. Já estou na teia do Acordo.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Notícias do Acre

Para os acrianos, o Novo Acordo traz uma dificuldade adicional. Antes, era permitido escrever "acriano" ou "acreano". Os dicionários registravam as duas possibilidades, com o abono do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

Agora, ficou acertado que se escrevem com i, e não com e, antes da sílaba tônica, os adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos -iano e -iense (cf. Base V).

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Mais uma indicação bibliográfica

Cresce o número de pessoas cientes de que o Novo Acordo Ortográfico existe. Existe e exige mais atenção, estudo, prática. Nas livrarias, vários títulos que podem nos ajudar.

Um deles, recente, é este, pela Editora Ibpex, do Paraná.

De acordo com o Acordo — um título bem escolhido.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Reforma ortográfica pessoal

É preciso que cada um passe por uma pequena reforma ortográfica pessoal. Ontem, revisei um texto meu e percebi que não é tão fácil assim detectar as necessárias mudanças. E lendo um livro (por sinal muito bom) do Prof. Yves de La Taille, Formação ética: do tédio ao respeito de si, pela Artmed (2009), notei que a editora esforçou-se por adotar as novas regras.

Nem sempre conseguiu.

Lá estão "frequente", "veem-se", "europeia", perfeito... Mas, em alguns momentos, deslizes inexplicáveis, causados, talvez, por um espírito de hipercorreção. Querendo tanto acertar, autor e/ou revisores inventaram um "belprazer" (pág. 58) sem hífen, escreveram "bençãos" (pág. 65) sem circunflexo... Há outros exemplos.

E de repente deixaram a peteca cair, com um "idéias" (pág. 55) acentuado.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ops!

A Folha de S.Paulo tem se esmerado para seguir as regras do Novo Acordo. Mas, como sempre diz minha mãe, a perfeição só no Céu. Hoje, na primeira página do suplemento Equilíbrio, lemos "bóia" com acento.

Comentário avulso

Ontem, conversando com uma pessoa sobre o Acordo Ortográfico. E então descobrimos que o mais difícil, para não poucos, será perceber o que NÃO mudou? "Também" continua acentuada? "Você" virou "voce"?

Levemos em conta as lacunas em nosso conhecimento ortográfico. Para entender o novo é preciso ter intimidade com o antigo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Recordar é aprender

Quem se lembra com detalhes da reforma ortográfica de 1971, que entrou em vigor em 18 de dezembro daquele ano? Foi instituída pela Lei nº 5.765. Abolia o trema nos hiatos átonos (como em "saüdade", que na prática já estava esquecido), os acentos diferenciais (com poucas exceções) e o acento grave em palavras como "cafèzinho" e "sòmente".

Causou algumas dificuldades de adaptação para pessoas habituadas ao sistema anterior. Eu tinha 9 anos de idade. Assimilei as mudanças rapidamente... pelo menos imagino que sim.

Na época, a revista Veja aderiu às novas regras com diligência. Na sua edição nº 175, de 12 de janeiro de 1972, a palavra "cor", antes acentuada com circunflexo, aparece na capa.


Notícias de Cabo Verde

Uma bela entrevista do ministro da Cultura de Cabo Verde, Manuel Veiga, ao Diário de Notícias, de Lisboa.

Especificamente sobre o Acordo Ortográfico nesse país, anuncia que será implementado até fins de junho, trabalhando com um período de transição de seis anos. O ministro Manuel Veiga é linguista.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Notícias de Minas

Início do ano letivo, podemos medir a preocupação pedagógica das escolas e professores pela atenção ao Novo Acordo. A notícia que vem de Minas é esta:


Uberaba, 07/02/2009.

Iniciar o ano escolar sempre assusta os pequenos. Geralmente a volta às aulas é sempre cheia de novidades. Nas escolas particulares, as mudanças já começaram a mexer na rotina não só dos professores, mas também dos alunos.

Entre tantas mudanças corriqueiras no início do ano letivo, a maior novidade para este ano está no novo acordo ortográfico. Para os professores de português, a preocupação com as novas regras é grande, mas eles acreditam que não será difícil para os estudantes se adaptarem a elas.

De acordo com a diretora do Departamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, Nilza Pinheiro, o ano letivo nas escolas públicas de Uberaba começou em torno do novo acordo ortográfico. Ela disse que apesar do acordo já estar em vigor, as antigas regras ainda estarão valendo, principalmente para os alunos já alfabetizados. "Estas mudanças ocorrerão gradativamente, mas os alunos que estão iniciando a alfabetização agora já conhecerão o novo acordo", disse ela.

Nas livrarias, ainda há livros nas regras antigas, já que as editoras têm até o ano de 2012 para atualização dos mesmos, mas dicionários e livros de regras já chegaram atualizados para facilitar a vida de pais, professores e alunos.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Polêmicas hifenísticas e o Dr. Benvindo

O ponto mais polêmico do Acordo é o hífen. Hoje, no Estado de S. Paulo, o gramático Evanildo Bechara faz algumas considerações sobre o comportamento de "bem" prefixado.

No final das contas, "bem-vindo" ou "benvindo"? "Bem-feito" ou "benfeito"?

Segundo o texto do Acordo (cf. Base XV, 4º), o certo seria "benfeito": o advérbio "bem" aglutina-se com um segundo elemento que não começa por vogal ou h. Também "benvindo".

Evanildo Bechara conclui — "benfeito" é homófono de "bem-feito", mas são palavras com significados distintos "que o bom-senso e a fidelidade à intenção comunicativa mandam distinguir graficamente". "Bem-feito", adjetivo, teria a ver com o que é elegante, feito com esmero. Ao passo que o substantivo "benfeito" estaria ligado à ação de fazer o bem.

No caso de "bem-vindo" e "benvindo", o primeiro é adjetivo, aquele que é
bem-aceito num grupo, numa comunidade.
O segundo é nome próprio, "Benvindo", como no caso de Dr. Benvindo de Salles, uma das maiores autoridades no Brasil em orquídeas!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Matão (SP) em Acordo

Hoje, oficinas com os professores da cidade de Matão (SP). Uma primeira parte, teórica, e uma segunda mais lúdica, jogos rápidos para fixar as principais regras. No caso dos professores, a preocupação adicional de aprenderem para ensinar.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Editoras se adaptam ao novo Acordo Ortográfico

Reproduzo matéria do DCI, do dia 3 de fevereiro:

BRASÍLIA - Com a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico entre os oito países de língua portuguesa no início deste mês, as pequenas editoras brasileiras passam por um processo de adaptação às atuais regras. O processo inclui a reedição de livros dos antigos catálogos com as modificações. O prazo para implementação do Acordo vai até dezembro de 2012.

A LGE Editora, do Distrito Federal, começou a adotar as transformações ortográficas em seus títulos. Antônio Carlos Navarro, diretor executivo da LGE, adianta que os dois próximos livros da empresa brasiliense, com lançamento em fevereiro, sairão seguindo o Acordo.

Para Navarro, o principal problema para a LGE será reeditar os livros antigos com as atuais regras. “Isso significará um trabalho enorme e custos, mas o prazo, até 2012, é razoável”, comenta. Segundo Antônio a adaptação deve ser imediata para quem produz livros didáticos e de referências, como dicionários, para atender a demandas como as das escolas.

Antônio Carlos acredita que a adaptação ao Novo Acordo Ortográfico não deve ser muito rápida e que haverá dificuldades tanto para quem atua no setor, como escritores e editores, como para os próprios leitores. “Agora é que começaram a surgir novos dicionários seguindo o Acordo. Nossos revisores estão preparados para trabalhar com as mudanças, porém é necessária uma consonância com os autores”, afirma.

Araíde Sanches, gerente de produção da Editora Escuta, em São Paulo, diz que os três primeiros lançamentos da empresa, dois livros e uma revista, em março, sairão já com as novas regras ortográficas. A Escuta publica edições principalmente nas áreas de Psicanálise, Psicologia e Psiquiatria.

A gerente diz que a adaptação dos lançamentos acontecerá sem grandes problemas, embora os revisores ainda tenham algumas dúvidas. “Eles esbarram principalmente na acentuação, como na queda dos acentos diferenciais”, revela.

Para Araíde a Editora Escuta terá mais problema com as reedições. “Neste caso, a transformação dos livros antigos para as novas regras vai exigir uma grande despesa e gasto de tempo. Teremos que reformatar os textos ou submetê-los novamente a revisão”, explica.

Daniel Zanette, supervisor da Maneco Editora, de Caxias do Sul (RS), se diz otimista com as mudanças na ortografia. A Maneco, especializada em literatura brasileira, infantil, infanto-juvenil e em administração, tem cinco livros no prelo, com lançamento agendado para a primeira quinzena de fevereiro. Todos sairão atendendo às normas do Acordo.

O supervisor conta que a editora de Caxias do Sul contrata revisores terceirizados e que estabeleceu até o fim de 2008 para que esses profissionais se adequassem às novas regras. Zanette diz que como a Maneco fornece material para escolas, havia urgência na adaptação ao Novo Acordo Ortográfico. “Somos muito cobrados em relação a isso”, revela.

Na visão de Daniel, as mudanças não trarão problemas, nem mesmo para a reedição de livros antigos. A empresa possui um catálogo de 180 títulos. “O brasileiro tem a cultura de reaproveitar livros. Acho que as mudanças vão permitir um aumento no consumo”, acredita.

Embora diga que o Novo Acordo foi importante, Zanette pensa que ele poderia ter sido mais ousado. “Ficaram muitas diferenças entre os países em normas como as de acentuação. Se era para mudar, acho que tinham que ter ido além”, afirma.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Londrina está de Acordo

A Folha de Londrina preparou-se bem para o Novo Acordo. Na sua primeira página de hoje, teve o cuidado de escrever "autoatendimentos", sem hífen.

Contudo, na mesma primeira página, na última linha, lemos "Século IX", em que a letra maiúscula "S" não faz sentido, a menos que se trate de uma norma interna do jornal.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Entender o Acordo é direito e dever

Do portal http://www.direitoce.com.br/ — destinado a coletar e divulgar informações sobre o Direito no Estado do Ceará:

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi tema de palestra, na manhã de hoje, 5ª.feira (29/01) na sala de treinamento do edifício sede da Justiça Federal no Ceará.

Magistrados e servidores discutiram as novas regras de ortografia sob a orientação do professor Myrson Lima (foto), que realizou com os alunos exercícios para fixação das mudanças empreendidas.

Em sua exposição, o professor Myrson Lima disse que o que se deseja fazer é uma unificação da ortografia, ou seja, “estabelecer uma convenção por meio da qual se representam graficamente as formas faladas da língua e como se escrevem essas formas”. O que se pretende é unificar a escrita e não a língua, que varia de país para país, de região para outra, de um grupo social para outro, de uma faixa etária para outra, de uma situação de comunicação para outra, acrescentou Myrson Lima. (http://direitoce.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=4470)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Banco do Brasil compra a ideia

Este informativo publicitário do Banco do Brasil traz um bom argumento para que todos adotemos o Novo Acordo o mais rápido possível.

À medida que mais instituições e pessoas escrevam segundo as novas regras ortográficas, com maior facilidade assimilaremos a ideia.

O Novo Acordo está em vigor no Brasil faz um mês. E ainda há gente esperando o carnaval chegar...