sábado, 31 de janeiro de 2009

O Acordo e a geleia

Exija seus direitos! Geleia, agora, é sem acento. É mais doce. É atual!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Puro acaso

O jornal A Cidade, de Ribeirão Preto (SP), ainda não adotou o Novo Acordo Ortográfico. Contudo, na edição de hoje, por puro acaso, acabou acertando.
No Caderno C, há uma matéria intitulada "Chega às telas de Ribeirão a nova comédia de Jim Carrey", e o lide é este: "Em 'Sim, Senhor', ator vive homem que muda de vida depois de uma palestra de autoajuda".
Antes do acordo, "auto-ajuda". Agora, sem hífen: "autoajuda".
Sem querer, A Cidade já está seguindo a regra segundo a qual não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Acordo pela metade

O jornal O Estado do Paraná está adotando o Acordo Ortográfico pela metade. Na edição de ontem, acerta ao apresentar a palavra "factoides" sem acento, na primeira página. Acerta na página 16, com "Um escritor cujos livros estavam frequentemente na lista dos mais vendidos" e "A ideia principal do Book-Crossing é estimular a movimentação [...]", mas há desacertos também.

Dois deles. Na página 17: "[...] recebeu os cumprimentos de Ziraldo pela estréia do filme [...]". Na página 12: "Da mesma forma, somos um pólo de saúde [...]".

"Polo" não tem mais acento. Antes do Acordo, o acento agudo era usado para diferenciar "pólo(s)" (extremidade) de "pôlo(s)" (falcão ou gavião com menos de um ano) e de "polo(s)" (preposição arcaica).

Agora, escrevemos "polo petroquímico", "polo magnético", "polo positivo", "polo aquático", "polo norte", "camisa polo", etc.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Outro recurso na Rede

O programador carioca Ramon Bispo, meu conterrâneo, criou o Ortografa!, um recurso disponível na Rede para nos ajudar a escrever de acordo com o Novo Acordo. Fiz o teste:

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Notícias de Portugal

Sabemos que os portugueses, em geral, enfrentam dificuldades para adotar o Novo Acordo. Por isso, é com bons olhos que leio a notícia de que o semanário O Despertar, o mais antigo jornal de Coimbra, já está adotando as novas regras.

Na sua primeira edição deste ano, publicada em 9 de janeiro, lia-se a seguinte mensagem:

"Esta é a primeira edição de O Despertar de 2009 e, como tal, entendemos ser uma ótima oportunidade para mudar a nossa e a vossa grafia para o Acordo Ortográfico de 1990 que, no dia 1 de Janeiro, entrou já em vigor no Brasil."

É de fato um despertar. Embora a palavra "Janeiro" tenha saído com letra inicial maiúscula. Segundo o Acordo, os meses do ano devem ser escritos em minúsculas.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A lista da humildade

Uma forma simples de pôr — algumas pessoas perguntam se o acento diferencial em pôr/por continua valendo, e a resposta é sim —, uma forma de pôr em prática o Novo Acordo é fazer listas e consultá-las com frequência.

Por exemplo, uma lista com as palavras paroxítonas que perderam acento no ditongo aberto "ói". Não é muito extensa, se levarmos em conta os termos mais conhecidos: heroico, paranoico, asteroide, estoico, apoio (primeira pessoa do singular do verbo "apoiar"), apoia (terceira pessoa do singular do verbo "apoiar"), boia, androide, claraboia, jiboia, joia, tramoia...

No entanto, não custa nada (particularmente para os profissionais do texto, revisores, jornalistas, professores, escritores, etc.), ampliar a lista, abrangendo temas mais específicos. Então, é necessário incluir retinoico (por causa do ácido retinoico), citozoico (micro-organismo que vive no interior da célula), mesozoico (era geológica).

sábado, 24 de janeiro de 2009

Ler "para"

No dia 21 de janeiro, na página principal do UOL, duas palavras escritas segundo o Novo Acordo:








"Estreia" sem acento, tudo bem. Já estamos nos acostumando com a ideia... No caso de "para", do verbo parar, também agora sem acento (antes, escrevia-se "pára"), o leitor pode se confundir. Só o contexto nos ajudará a perceber que não se trata da preposição "para".

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Notícias da África

Cabo Verde adotará o Acordo Ortográfico no segundo semestre deste ano, mas
com a previsão de que precisará de seis a dez anos para que as regras estejam plenamente assimiladas. Os livros didáticos para o próximo ano letivo já estão assumindo as modificações.


A ministra cabo-verdiana dos Assuntos Parlamentares, Janira Hopffer Almada, disse algo muito sensato com relação a essa etapa de adaptação: "É nosso interesse que as novas normas sejam ministradas no ensino com caráter de tolerância". Durante essa fase de transição, não será considerada errada a escrita que não siga as novas regras.

Está aí um bom critério para os nossos professores adotarem também!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Na mídia, todos os dias

Todos os dias aparecem na mídia notícias e comentários sobre o Novo Acordo. Hoje, no Jornal da Cidade, de Bauru:

Diante da necessidade de estar atualizado para uma melhor prestação de serviço na área do Direito, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo está programando uma série de cursos e palestras para atualizar os advogados paulistas sobre o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, em vigor desde o dia 1º de janeiro. “O advogado tem como obrigação ser o exemplo da modernidade e do cumprimento da Lei”, disse o presidente da OAB subseção de Marília, o advogado Carlos Mattos.

Prossegue aqui.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Consulte a Academia!

A Academia Brasileira de Letras possui um serviço de atendimento a questões sobre a língua portuguesa, que tem sido muito útil também com relação ao Novo Acordo. Várias pessoas que conheço e fizeram consultas disseram-se satisfeitas com os resultados. Para ler as instruções a respeito, clique a imagem abaixo!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Outra indicação bibliográfica

Há vários livros disponíveis nas livrarias sobre o Acordo Ortográfico, desde o ano passado. Um deles é A Nova Ortografia explicada, de Normelio Zanotto, pela Educs.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Acordo e didática

Ontem, uma boa matéria no Diário de Canoas (RS):

Não basta só falar, é preciso (re)aprender a escrever
Assimilar as regras e exercitá-las é a dica para se adaptar ao acordo ortográfico.
Letícia Rodrigues/Jornal NH

Novo Hamburgo - As mudanças na escrita da língua portuguesa provocadas pelo acordo ortográfico, que entrou em vigor no dia 1.º de janeiro, andam confundindo muita gente. Para tentar se adequar às novas regras, muitos têm recorrido a cursos e treinamentos. Ontem e hoje, o professor e mestre em linguística aplicada Paulo Flávio Ledur está em Novo Hamburgo ministrando um desses cursos.


Autor de Guia Prático da Nova Ortografia, lançado na Feira do Livro de Porto Alegre de 2008, o estudioso conta que foi contra o acordo por considerá-lo simplificado. “Mas agora precisamos nos adaptar”, diz. Ele explica que as principais modificações estão relacionadas à acentuação e ao emprego do hífen. “Um aspecto positivo é que o número de regras de acentuação foi reduzido em 30%”, informa. O mesmo ocorreu em relação ao hífen. “Ficou um pouco mais fácil entender o emprego, mas ainda assim o assunto continua complexo”, afirma.

Para o professor, quem domina as regras anteriores à mudança terá mais facilidade de se adequar. “Quem não dominar, e a maioria não domina, vai ter que começar do zero”, destaca. A principal dificuldade é a mudança de hábito. Ele cita a palavra autoescola, que agora não tem mais hífen. Como as pessoas estão acostumadas a ver essa palavra escrita com hífen, é estranho vê-la grafada da nova maneira. “É um processo que leva tempo, pois a mudança de hábito não se dá pelo conhecimento.”

E para quem está pensando em comprar um novo dicionário, Ledur aconselha esperar até a publicação do Vocabulário Oficial da Academia Brasileira de Letras, pois ainda há algumas discordâncias. “No Aurélio e no Houaiss, as palavras formadas com o prefixo sub são grafadas de forma diferente. No Houaiss há o hífen e no Aurélio não há. Pelo acordo, o Aurélio está certo. Assim, subregra e subreino são escritas sem hífen”, ensina. Assimilar as regras e exercitar a grafia das palavras é a dica de Ledur para se adaptar à nova ortografia.

Para Ledur, o maior impacto da reforma ortográfica será sentido pelos alunos do ensino fundamental, que já foram alfabetizados e aprenderam as regras de escrita que não estão mais em vigor. “No ano passado, eles aprenderam a forma antiga e agora vão ter que aprender uma nova regra para a grafia de algumas palavras”, explica.

Já aqueles que começarão a estudar a ortografia a partir deste ano não devem sentir a diferença, já que irão aprender as novas regras. Mas, segundo Ledur, para isso é preciso preparar os professores. “Será que eles estão preparados para esta mudança? Essa é a grande questão antes do início do ano letivo”, aponta Ledur. Ele diz que os docentes precisam passar por treinamento. “Até agora, só vi escolas particulares realizando esses cursos”, conta.

Outro problema ocasionado com o acordo ortográfico será em relação às bibliotecas escolares. Os livros, com a ortografia antiga, podem confundir os estudantes. “O problema é pedagógico, pois eles irão aprender uma coisa em sala de aula e ao pegar um livro haverá palavras escritas de forma diferente. Isso pode confundir”.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Vamos todos adoptar o Acordo?

Os portugueses fazem distinção entre "Português Europeu" e "Português do Brasil". Tal distinção tende a ser menos marcada a partir de agora, pelo menos na escrita. O Acordo foi pensado com este objetivo. Nós, brasileiros, costumamos nos referir ao "Português de Portugal". Contudo... o Português não é de ninguém. É de todos aqueles que "moram" neste idioma.

O sucesso do Acordo dependerá de que todos comecemos a adotar... ou adoptar as novas regras! Sem mais adiamentos ou desculpas.

Há resistências aqui e lá. Resistência também nos países africanos, porém com menos intensidade. Em alguns casos, na África, o problema é que o Acordo Ortográfico não é tão urgente quanto outras questões, até mesmo de sobrevivência e organização social.

As resistências nascem da dificuldade natural e compreensível de aceitarmos mudanças. Quem já passou 30 anos escrevendo de determinada forma, não consegue, da noite para o dia, desprender-se de certos hábitos. Mas quem tem flexibilidade para fazê-lo... demonstra verdadeira capacidade de escrever!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Conversor para o Acordo Ortográfico

Vão surgindo recursos na Rede para nos ajudar a aplicar as regras do Novo Acordo Ortográfico. Fiz uma experiência com este:










quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Trema sem "vergüenza"

A eliminação do trema entre nós, brasileiros, foi uma claríssima concessão em nome do Acordo. Seria mais difícil reintroduzir o trema na vida dos portugueses, que o eliminaram há meio século. A imagem visual da palavra sem trema agride um pouco os que aprenderam a usá-lo. E há o receio de que, no futuro, falemos "sekestro" e coisas que tais.

O trema existe em outros idiomas. Em espanhol, por exemplo, no "u" das sílabas "gue" e "gui", quando pronunciadas: vergüenza, ambigüedad, pingüino... Como no Brasil, até o dia primeiro deste ano.

Em francês, o tréma é empregado para impedir que duas letras sejam pronunciadas num único som. Lait ("leite"), pronuncia-se [lé], ao passo que naïf ("ingênuo"), pronuncia-se [ná-íf].

Os dois pontos em cima de algumas letras também ocorrem no catalão, no alemão, no neerlandês, no albanês...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Assembleia de Deus

Assembleia não tem mais acento. As igrejas que usam essa palavra terão de atualizar-se, em nome do Acordo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Novo adiamento

O lançamento do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, previsto inicialmente para novembro de 2008, foi adiado para fevereiro... e agora foi remarcado para o dia 2 de março.

Estamos todos aguardando esta obra que, com o aval do gramático Evanildo Bechara, solucionará algumas dúvidas e impasses. E não só isso. Vai nos ajudar a saber o que realmente mudou. Só esperamos que o Vocabulário não envelheça antes mesmo de vir à luz.

A propósito, "anti-rugas" não tem mais hífen. Agora é "antirrugas". O que obrigará alguns produtos a alterarem seus rótulos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

E os sebos?

Os donos dos sebos têm demonstrado certo receio com relação ao Acordo Ortográfico. Temem que os livros antigos se desqualifiquem. Em parte, têm razão. Em parte, apenas, porque o frequentador típico dos sebos está preparado psicologicamente para assumir essas e outras defasagens. Conheço um revisor, sebista inveterado, que decidiu treinar seu conhecimento das novas regras, fazendo nos livros as modificações necessárias.

sábado, 10 de janeiro de 2009

"Eu coo, eu moo", de Ruy Castro

Saiu hoje, na Folha de S. Paulo:

Não olhe agora, mas tenho a impressão de que a reforma ortográfica, que está queimando as pestanas dos que vivem da língua portuguesa — professores, jornalistas, escritores, editores de livros, locutores de TV e rádio, publicitários —, foi feita só para suprimir o trema. É o único ponto sobre o qual ninguém parece discordar.

O atroz dilema do hífen — co-habitar ou

coabitar? —, o degredo do acento agudo de palavras como jibóia e averigúe e a horrível morte de certos circunflexos estão levando gramáticos às fuças. Sem o chapeuzinho, por exemplo, como conjugar verbos como coar e moer? Eu coo, eu moo? Muitos se rebelam contra tais alterações e ameaçam ir às últimas para não ter de escrever antissegregacionismo, bensucedido ou ad-renalina.

Enquanto isso, os dois inocentes pontinhos sobre lingüiça, qüinqüênio, pingüim etc. foram varridos pelos lingüistas sem a menor contemplação, como se contaminassem a escrita com sarna ou beribéri. Na verdade, para muitas pessoas, o trema já vai tarde, porque elas nunca o usaram, com ou sem reforma. Pois, a partir de agora, quero ver alguém se sair bem numa argüição, a começar pela pronúncia desta palavra sem o trema.

Um dos argumentos para a reforma é a de que a dupla ortografia impedia a difusão da língua portuguesa no exterior. Temo que, com o acordo, a língua continue secreta fora dos países lusófonos, mas, pelo menos, estará unificada.

Unificada? Para meu orgulho, já tive alguns livros traduzidos para inglês, japonês, alemão, espanhol, italiano, russo e polonês. É natural — como poderiam ser lidos naqueles países se não fosse assim? Mas nunca entendi por que um deles, "Carmen: Uma biografia", ao ser lançado em Portugal, teve de ser radicalmente traduzido do português para o... português.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Indicação bibliográfica

Mais um livro sobre o Acordo Ortográfico.

Este, com o selo da Saraiva, da autoria de Jônatas Junqueira de Mello, destina-se aos "advogados, estudantes e curiosos". O texto do Decreto sobre o Acordo e as próprias Bases vêm em anexo.


O autor observa (isso ainda não se comentou muito) que o travessão acaba de perder uma de suas funções. Era atribuição sua ligar palavras ou grupos de palavras do tipo "eixo Rio—São Paulo", "sentido norte—sul", "linha aérea Brasil—Portugal". Agora cabe ao hífen esse papel: "Rio-São Paulo", "norte-sul", etc.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O samba do Acordo Ortográfico



O espetáculo não condiz com o clima que parece predominar em Portugal contra o Acordo. Só o fato de escolherem um samba já demonstra certa admiração por aqueles que, fora da Europa, praticam o mesmo idioma em suas inevitáveis variedades.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Os pingos nos us!


Agora vêm alguns dizer que é preciso colocar os pingos nos us! Tarde demais...

Há quem afirme que ninguém está seguro. Até a cedilha poderá ser fuzilada. Por que não? O grafema ç desapareceu do idioma espanhol. No início do século XVII, Cervantes assinou documentos com Ç inicial — Çervantes.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sobre a estreia do Acordo

O Observatório da Imprensa publica hoje três textos sobre o Acordo Ortográfico. Um deles é meu. Os outros dois são assinados por Deonísio da Silva, cobrando o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, e por Montezuma Cruz, revoltado com as mudanças, adepto da desobediência linguística.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Autoajuda ortográfica

Em horas de desespero... Enquanto aguardamos o tão esperado Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras (previsto para novembro de 2008, e agora para fevereiro)... Quando a dúvida é cruel... recomendo um dicionário de autoajuda — http://www.mobi.aulete.com.br/:

domingo, 4 de janeiro de 2009

Sem paranoia

"Sou contra o acordo. Sei que isso é um tiro no próprio pé, pois, se o acordo passar, vou ser chamado para fazer muitas palestras. Mas não quero esse dinheiro, não. Com outro espírito, outra proposta, uma unificação talvez fosse possível." (Pasquale Cipro Neto)

"É uma reforma tímida, que não traz grandes inovações. Mas não gostei. Queria que meus tremas ficassem onde estão. Os escritores mais velhos e mais preguiçosos têm de confiar no pessoal da editoração para fazer as mudanças necessárias no texto." (João Ubaldo Ribeiro)

"São 10 milhões de pessoas em Portugal e mais de 180 milhões no Brasil, e os livros portugueses não são bem-vindos no Brasil. Para eles, é um mercado enorme, e para nós também será ótimo." (Cícero Sandroni)

"Desejo êxito e muitos bons livros, escritos à forma antiga ou moderna, e que não me obriguem a escrever de outra maneira nos poucos anos de vida que me restam." (José Saramago)

São apenas cerca de 5 palavras modificadas a cada mil, mas o Acordo gerou e continuará gerando opiniões diversas, resistências, adesões, defesas, ataques.
Na minha opinião, entre os benefícios, está o de provocar essa discussão, levar ao estudo da ortografia, chamar nossa atenção para a importância do idioma. Há ainda alguns problemas, dúvidas, impasses, mas nada de paranoia!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Capas sequestradas

Novas edições de determinados livros terão seus títulos alterados pelo Novo Acordo. É o caso das obras em que aparece a palavra "seqüestro". O trema caiu. Embora, verdade seja dita, seu fantasma continuará rondando nossas vidas, nossos textos. O próprio verbete "trema", nos dicionários, será testemunho de sua presença na história do idioma.

Eis algumas capas sequestradas...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Boa estreia

Alguns veículos de informação estão fazendo uma boa estreia no uso das novas regras ortográficas. O jornal A Folha de S. Paulo fez questão de montar manchete com "preveem" sem circunflexo:


Por outro lado, era previsível que os textos publicados na internet continuassem com a grafia antiga, como neste exemplo:

Infra-estrutura como serviço suporta expansão da SMARTtech
por Felipe Dreher
02/01/2009

Em tempo, "infraestrutura" é agora sem hífen (cf. Base XVI).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Inconsequência...

A partir de hoje é recomendável (está na lei) que todos comecem a escrever de acordo com o novo Acordo Ortográfico. Surpreendente, por isso, a decisão tomada pelo Governo Federal, pelo Senado e pela Câmara dos Deputados de não assumirem o compromisso de colocá-lo em prática no início da sua vigência!

Casa de ferreiro... Inconsequência...

Este Acordo Ortográfico começou a ser gerado na década de 1980, foi assinado em 1990, mas regulamentado apenas agora, em setembro de 2008. A lentidão do processo pode ter gerado a falsa impressão de que não era algo tão urgente assim.

Certamente não é fácil adquirir novos hábitos de escrita, por menores que sejam. É preciso que as pessoas estudem um pouco, estejam mais atentas para não deixar escapar uma idéia com acento, um trema, um vôo com circunflexo.

A ideia é chegar a escrever "ideia" sem pensar duas vezes. E considerar a palavra "voo" a coisa mais normal do mundo.