
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Puro acaso
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Acordo pela metade
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Outro recurso na Rede
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Notícias de Portugal
Na sua primeira edição deste ano, publicada em 9 de janeiro, lia-se a seguinte mensagem:
"Esta é a primeira edição de O Despertar de 2009 e, como tal, entendemos ser uma ótima oportunidade para mudar a nossa e a vossa grafia para o Acordo Ortográfico de 1990 que, no dia 1 de Janeiro, entrou já em vigor no Brasil."
É de fato um despertar. Embora a palavra "Janeiro" tenha saído com letra inicial maiúscula. Segundo o Acordo, os meses do ano devem ser escritos em minúsculas.
domingo, 25 de janeiro de 2009
A lista da humildade
Por exemplo, uma lista com as palavras paroxítonas que perderam acento no ditongo aberto "ói". Não é muito extensa, se levarmos em conta os termos mais conhecidos: heroico, paranoico, asteroide, estoico, apoio (primeira pessoa do singular do verbo "apoiar"), apoia (terceira pessoa do singular do verbo "apoiar"), boia, androide, claraboia, jiboia, joia, tramoia...
No entanto, não custa nada (particularmente para os profissionais do texto, revisores, jornalistas, professores, escritores, etc.), ampliar a lista, abrangendo temas mais específicos. Então, é necessário incluir retinoico (por causa do ácido retinoico), citozoico (micro-organismo que vive no interior da célula), mesozoico (era geológica).
sábado, 24 de janeiro de 2009
Ler "para"
"Estreia" sem acento, tudo bem. Já estamos nos acostumando com a ideia... No caso de "para", do verbo parar, também agora sem acento (antes, escrevia-se "pára"), o leitor pode se confundir. Só o contexto nos ajudará a perceber que não se trata da preposição "para".
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Notícias da África
com a previsão de que precisará de seis a dez anos para que as regras estejam plenamente assimiladas. Os livros didáticos para o próximo ano letivo já estão assumindo as modificações.
A ministra cabo-verdiana dos Assuntos Parlamentares, Janira Hopffer Almada, disse algo muito sensato com relação a essa etapa de adaptação: "É nosso interesse que as novas normas sejam ministradas no ensino com caráter de tolerância". Durante essa fase de transição, não será considerada errada a escrita que não siga as novas regras.
Está aí um bom critério para os nossos professores adotarem também!
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Na mídia, todos os dias
Diante da necessidade de estar atualizado para uma melhor prestação de serviço na área do Direito, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo está programando uma série de cursos e palestras para atualizar os advogados paulistas sobre o novo acordo ortográfico da língua portuguesa, em vigor desde o dia 1º de janeiro. “O advogado tem como obrigação ser o exemplo da modernidade e do cumprimento da Lei”, disse o presidente da OAB subseção de Marília, o advogado Carlos Mattos.
Prossegue aqui.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Consulte a Academia!
domingo, 18 de janeiro de 2009
Outra indicação bibliográfica

sábado, 17 de janeiro de 2009
Acordo e didática
Não basta só falar, é preciso (re)aprender a escrever
Assimilar as regras e exercitá-las é a dica para se adaptar ao acordo ortográfico.
Letícia Rodrigues/Jornal NH
Novo Hamburgo - As mudanças na escrita da língua portuguesa provocadas pelo acordo ortográfico, que entrou em vigor no dia 1.º de janeiro, andam confundindo muita gente. Para tentar se adequar às novas regras, muitos têm recorrido a cursos e treinamentos. Ontem e hoje, o professor e mestre em linguística aplicada Paulo Flávio Ledur está em Novo Hamburgo ministrando um desses cursos.
Autor de Guia Prático da Nova Ortografia, lançado na Feira do Livro de Porto Alegre de 2008, o estudioso conta que foi contra o acordo por considerá-lo simplificado. “Mas agora precisamos nos adaptar”, diz. Ele explica que as principais modificações estão relacionadas à acentuação e ao emprego do hífen. “Um aspecto positivo é que o número de regras de acentuação foi reduzido em 30%”, informa. O mesmo ocorreu em relação ao hífen. “Ficou um pouco mais fácil entender o emprego, mas ainda assim o assunto continua complexo”, afirma.
Para o professor, quem domina as regras anteriores à mudança terá mais facilidade de se adequar. “Quem não dominar, e a maioria não domina, vai ter que começar do zero”, destaca. A principal dificuldade é a mudança de hábito. Ele cita a palavra autoescola, que agora não tem mais hífen. Como as pessoas estão acostumadas a ver essa palavra escrita com hífen, é estranho vê-la grafada da nova maneira. “É um processo que leva tempo, pois a mudança de hábito não se dá pelo conhecimento.”
E para quem está pensando em comprar um novo dicionário, Ledur aconselha esperar até a publicação do Vocabulário Oficial da Academia Brasileira de Letras, pois ainda há algumas discordâncias. “No Aurélio e no Houaiss, as palavras formadas com o prefixo sub são grafadas de forma diferente. No Houaiss há o hífen e no Aurélio não há. Pelo acordo, o Aurélio está certo. Assim, subregra e subreino são escritas sem hífen”, ensina. Assimilar as regras e exercitar a grafia das palavras é a dica de Ledur para se adaptar à nova ortografia.
Para Ledur, o maior impacto da reforma ortográfica será sentido pelos alunos do ensino fundamental, que já foram alfabetizados e aprenderam as regras de escrita que não estão mais em vigor. “No ano passado, eles aprenderam a forma antiga e agora vão ter que aprender uma nova regra para a grafia de algumas palavras”, explica.
Já aqueles que começarão a estudar a ortografia a partir deste ano não devem sentir a diferença, já que irão aprender as novas regras. Mas, segundo Ledur, para isso é preciso preparar os professores. “Será que eles estão preparados para esta mudança? Essa é a grande questão antes do início do ano letivo”, aponta Ledur. Ele diz que os docentes precisam passar por treinamento. “Até agora, só vi escolas particulares realizando esses cursos”, conta.
Outro problema ocasionado com o acordo ortográfico será em relação às bibliotecas escolares. Os livros, com a ortografia antiga, podem confundir os estudantes. “O problema é pedagógico, pois eles irão aprender uma coisa em sala de aula e ao pegar um livro haverá palavras escritas de forma diferente. Isso pode confundir”.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Vamos todos adoptar o Acordo?
O sucesso do Acordo dependerá de que todos comecemos a adotar... ou adoptar as novas regras! Sem mais adiamentos ou desculpas.
Há resistências aqui e lá. Resistência também nos países africanos, porém com menos intensidade. Em alguns casos, na África, o problema é que o Acordo Ortográfico não é tão urgente quanto outras questões, até mesmo de sobrevivência e organização social.
As resistências nascem da dificuldade natural e compreensível de aceitarmos mudanças. Quem já passou 30 anos escrevendo de determinada forma, não consegue, da noite para o dia, desprender-se de certos hábitos. Mas quem tem flexibilidade para fazê-lo... demonstra verdadeira capacidade de escrever!
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Conversor para o Acordo Ortográfico
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Trema sem "vergüenza"
O trema existe em outros idiomas. Em espanhol, por exemplo, no "u" das sílabas "gue" e "gui", quando pronunciadas: vergüenza, ambigüedad, pingüino... Como no Brasil, até o dia primeiro deste ano.
Em francês, o tréma é empregado para impedir que duas letras sejam pronunciadas num único som. Lait ("leite"), pronuncia-se [lé], ao passo que naïf ("ingênuo"), pronuncia-se [ná-íf].
Os dois pontos em cima de algumas letras também ocorrem no catalão, no alemão, no neerlandês, no albanês...
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Assembleia de Deus
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Novo adiamento
Estamos todos aguardando esta obra que, com o aval do gramático Evanildo Bechara, solucionará algumas dúvidas e impasses. E não só isso. Vai nos ajudar a saber o que realmente mudou. Só esperamos que o Vocabulário não envelheça antes mesmo de vir à luz.
A propósito, "anti-rugas" não tem mais hífen. Agora é "antirrugas". O que obrigará alguns produtos a alterarem seus rótulos.

domingo, 11 de janeiro de 2009
E os sebos?
sábado, 10 de janeiro de 2009
"Eu coo, eu moo", de Ruy Castro
Não olhe agora, mas tenho a impressão de que a reforma ortográfica, que está queimando as pestanas dos que vivem da língua portuguesa — professores, jornalistas, escritores, editores de livros, locutores de TV e rádio, publicitários —, foi feita só para suprimir o trema. É o único ponto sobre o qual ninguém parece discordar.
O atroz dilema do hífen — co-habitar ou
coabitar? —, o degredo do acento agudo de palavras como jibóia e averigúe e a horrível morte de certos circunflexos estão levando gramáticos às fuças. Sem o chapeuzinho, por exemplo, como conjugar verbos como coar e moer? Eu coo, eu moo? Muitos se rebelam contra tais alterações e ameaçam ir às últimas para não ter de escrever antissegregacionismo, bensucedido ou ad-renalina.
Enquanto isso, os dois inocentes pontinhos sobre lingüiça, qüinqüênio, pingüim etc. foram varridos pelos lingüistas sem a menor contemplação, como se contaminassem a escrita com sarna ou beribéri. Na verdade, para muitas pessoas, o trema já vai tarde, porque elas nunca o usaram, com ou sem reforma. Pois, a partir de agora, quero ver alguém se sair bem numa argüição, a começar pela pronúncia desta palavra sem o trema.
Um dos argumentos para a reforma é a de que a dupla ortografia impedia a difusão da língua portuguesa no exterior. Temo que, com o acordo, a língua continue secreta fora dos países lusófonos, mas, pelo menos, estará unificada.
Unificada? Para meu orgulho, já tive alguns livros traduzidos para inglês, japonês, alemão, espanhol, italiano, russo e polonês. É natural — como poderiam ser lidos naqueles países se não fosse assim? Mas nunca entendi por que um deles, "Carmen: Uma biografia", ao ser lançado em Portugal, teve de ser radicalmente traduzido do português para o... português.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Indicação bibliográfica

O autor observa (isso ainda não se comentou muito) que o travessão acaba de perder uma de suas funções. Era atribuição sua ligar palavras ou grupos de palavras do tipo "eixo Rio—São Paulo", "sentido norte—sul", "linha aérea Brasil—Portugal". Agora cabe ao hífen esse papel: "Rio-São Paulo", "norte-sul", etc.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
O samba do Acordo Ortográfico
O espetáculo não condiz com o clima que parece predominar em Portugal contra o Acordo. Só o fato de escolherem um samba já demonstra certa admiração por aqueles que, fora da Europa, praticam o mesmo idioma em suas inevitáveis variedades.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Os pingos nos us!
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Sobre a estreia do Acordo
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Autoajuda ortográfica
domingo, 4 de janeiro de 2009
Sem paranoia
"Sou contra o acordo. Sei que isso é um tiro no próprio pé, pois, se o acordo passar, vou ser chamado para fazer muitas palestras. Mas não quero esse dinheiro, não. Com outro espírito, outra proposta, uma unificação talvez fosse possível." (Pasquale Cipro Neto)
"É uma reforma tímida, que não traz grandes inovações. Mas não gostei. Queria que meus tremas ficassem onde estão. Os escritores mais velhos e mais preguiçosos têm de confiar no pessoal da editoração para fazer as mudanças necessárias no texto." (João Ubaldo Ribeiro)"São 10 milhões de pessoas em Portugal e mais de 180 milhões no Brasil, e os livros portugueses não são bem-vindos no Brasil. Para eles, é um mercado enorme, e para nós também será ótimo." (Cícero Sandroni)
"Desejo êxito e muitos bons livros, escritos à forma antiga ou moderna, e que não me obriguem a escrever de outra maneira nos poucos anos de vida que me restam." (José Saramago)
São apenas cerca de 5 palavras modificadas a cada mil, mas o Acordo gerou e continuará gerando opiniões diversas, resistências, adesões, defesas, ataques.
Na minha opinião, entre os benefícios, está o de provocar essa discussão, levar ao estudo da ortografia, chamar nossa atenção para a importância do idioma. Há ainda alguns problemas, dúvidas, impasses, mas nada de paranoia!
sábado, 3 de janeiro de 2009
Capas sequestradas
Eis algumas capas sequestradas...
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Boa estreia

Por outro lado, era previsível que os textos publicados na internet continuassem com a grafia antiga, como neste exemplo:
Infra-estrutura como serviço suporta expansão da SMARTtech
por Felipe Dreher
02/01/2009
Em tempo, "infraestrutura" é agora sem hífen (cf. Base XVI).
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Inconsequência...
Casa de ferreiro... Inconsequência...
Este Acordo Ortográfico começou a ser gerado na década de 1980, foi assinado em 1990, mas regulamentado apenas agora, em setembro de 2008. A lentidão do processo pode ter gerado a falsa impressão de que não era algo tão urgente assim.
Certamente não é fácil adquirir novos hábitos de escrita, por menores que sejam. É preciso que as pessoas estudem um pouco, estejam mais atentas para não deixar escapar uma idéia com acento, um trema, um vôo com circunflexo.
A ideia é chegar a escrever "ideia" sem pensar duas vezes. E considerar a palavra "voo" a coisa mais normal do mundo.