quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O escritor e tradutor português Vasco Graça Moura tornou-se o maior crítico ao Acordo Ortográfico. Deu entrevistas contra, escreveu artigos contra, assinou manifestos contra. Tem usado, em suas declarações, a palavra tipicamente lusitana, "asneira", para designar a atitude do governo português a favor desse "descalabro". Se dependesse apenas dele, o Acordo deveria ser esquecido ou, no limite, repensado de cabo a rabo.

Por isso, o seu elogio à decisão da nova ministra da Educação em Portugal, Isabel Alçada (foto ao lado), que afirmou dias desses não ser agora, em 2010, o momento de as escolas portuguesas adotarem as novas regras ortográficas. Vasco viu nessa atitude um "lampejo de bom-senso". Ou, talvez, uma chance de que se produza divisão interna entre os ministérios da Cultura e da Educação.

A ministra da Cultura Gabriela Canavilhas (foto ao lado) já havia se pronunciado este ano, dizendo que o Acordo entrará em vigor em Portugal a partir de janeiro de 2010. A ministra da Educação declara que tão cedo o Acordo será ensinado nas escolas de lá.

Vasco Graça Moura aplaude a dissonância.

E agora?

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